Correção do exercício de filosofia -3° ano
I- Parte - características do surgimento da filosofia.
1. Interpretação pessoal
2. A filosofia é grega. Surgiu no final do século VII e início do século VI antes de Cristo, nas colônias gregas da Ásia menor (particularmente as que formavam uma região denominada Jônia), na cidade de Mileto. O criador da palavra filosofia foi o filósofo e matemático Pitágoras de Samos. O primeiro filósofo, aquele que é considerado o pai da filosofia chama-se Tales de Mileto.
3. A palavra cosmologia é composta de duas outras: cosmos, que significa mundo ordenado e organizado, e logia que vem da palavra logos, que significa pensamento racional, discurso racional. Assim, filosofia nasce como conhecimento racional do mundo ou da natureza, portanto, da cosmologia.
4. Os judeus queriam valorizar seu pensamento, desejavam que a filosofia tivesse uma origem oriental, dizendo que o pensamento de filósofos como Platão tinha surgido no Egito, onde se originara o pensamento de Moisés, de modo que havia uma ligação entre a Filosofia grega e a Bíblia. Já os padres queriam mostrar que os ensinamentos de Jesus eram elevados e perfeitos, e por isso, mostravam que os filósofos gregos estavam filiados a correntes de pensamento místico e oriental e, dessa maneira, estariam próximos do cristianismo que é uma religião oriental.
5. Como nem todos aceitavam a versão de que a filosofia era de origem oriental, e, assim, muitos acreditavam no “milagre grego” que queria dizer muitas coisas: que a filosofia tinha surgido espantosa e inesperadamente na Grécia; que a filosofia grega foi um acontecimento espontâneo, como um milagre; que os gregos eram um povo especial, e que somente eles eram capazes de criar a Filosofia e a Ciência.
6. A invenção da política; a ideia da lei e da justiça através das instituições e assembléias; inventaram a ideia de razão como pensamento ordenado que segue regras, normas e leis.
7. Cosmogonia que dizer narrativa sobre o nascimento e a organização do mundo, a partir de forças geradoras (pai e mãe) divinas. Teogonia é a narrativa da origem dos deuses, a partir de seus pais e antepassados.
8. As viagens marítimas que permitiam aos gregos descobrir que os locais que os mitos diziam habitados por deuses e heróis eram, na verdade, habitados por outros seres humanos; a invenção do calendário, que é uma forma de calcular o tempo segundo as estações do ano e as horas do dia; a invenção da moeda que permitiu uma nova forma de troca, que não se realizava através de coisas concretas; o surgimento da vida urbana, com o predomínio do comércio e do artesanato; a invenção da escrita alfabética que aumenta a capacidade de conhecimento e a invenção da política que desenvolve a ideia da lei, o surgimento de espaços públicos e o estímulo de um discurso racional
9. Tendência a racionalidade, tendência a oferecer respostas conclusivas aos problemas mediante a uma análise, a crítica e a discussão. Exigência de que o pensamento apresente regras de funcionamento, de justificativas.
II- Parte – Existencialismo
1. O ser humano, que é entendido como uma realidade imperfeita. A liberdade que é condicionada a circunstâncias históricas e a vida humana que não é um caminho seguro, mas é marcada por situações de sofrimento.
2. Ao desenvolver uma crítica intensa aos valores morais, Nietzsche propõe a genealogia da moral que é o estudo da formação histórica dos valores morais.
3. Porque para Nietzsche, as ideias de bem e mal são elaboradas pelos homens, a partir de interesses humanos.
4. Apolíneo e dionisíaco são dois deuses gregos. Apolíneo se refere ao deus da razão, da clareza e da ordem e Dionísio que vem de dionisíaco se refere ao deus da aventura, da música, da fantasia e da desordem.
5. Niilismo, segundo Nietzsche é um sentimento de opressão devido à decadência dos valores e a insegurança diante de tudo aquilo que foi questionado pela sociedade como, por exemplo: os valores culturais, a religião, Deus.
6. Interpretação pessoal
7. Fenomenologia é o estudo das coisas na sua simples aparição tal como elas são e se apresentam aos nossos sentidos. O método fenomenológico consiste na observação rigorosa do fenômeno, isto é, aquilo que se manifesta, aparece e se oferece aos sentidos ou à consciência.
8. Fato da existência: o homem é lançado ao mundo, sem saber por quê. Desenvolvimento da existência: o ser humano estabelece relações com o mundo (ambiente natural e social). Destruição do eu: Quando o homem tenta realizar seu projeto de vida, ele sofre várias interferências. Assim, ele corre o risco de se desviar do seu projeto e ser derrotado pelos fatores externos.
9. O em-si não é passivo e nem ativo, nem afirmação nem negação, mas apenas repousa em si. O para-si se refere ao ser humano e se opõe ao em-si, o para-si é o nada, ou seja, abertura.
10. Para Sartre o nada é um espaço aberto, é uma característica tipicamente humana, aquilo que faz do homem um ser não estático, dinâmico, acessível às possibilidades e a mudança.
11. Interpretação pessoal.
Espaço do Pensador - Precisamos pensar no fato de que ainda não começamos a pensar (Heidegger)
Este espaço foi criado para a socialização de conteúdos de filosofia, para contribuir com o processo de ensino/aprendizagem e reflexões existenciais de todos que se interessarem pelo assunto.
sábado, 21 de maio de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
Síntese Geral sobre a História da Filosofia
Resumo sobre a História da Filosofia
O SURGIMENTO DA FILOSOFIA NA GRÉCIA ANTIGA
Passagem do pensamento mítico-religioso ao pensamento filosófico-científico, representando o surgimento da filosofia na Grécia antiga (séc. VI a.C.).
Ruptura entre essas duas formas de pensamento como resultante de transformações na sociedade grega da época, que se seculariza, tornando-se importante a atividade comercial.
O surgimento do pensamento filosófico-científico nas colônias gregas da Jônia é significativo, uma vez que ali se dava um maior contato com outras culturas, levando a uma relativização do mito e das práticas religiosas.
A) a physis
Denominados, estudiosos ou teóricos da natureza. Assim o objeto de investigação dos primeiros filósofos cientistas é o mundo natural;
B) a causalidade
Interpretada em termos estritamente naturais.
C) A arqué
A existência de um elemento primordial (água – Tales de Mileto, ar, fogo).
D) O cosmo
Idéias de ordem, harmonia e beleza (universo).
E) O logos
É fundamentalmente uma explicação, em que razões são dadas, (discurso).
F) O caráter crítico
Teorias onde eram apresentadas como passíveis de serem discutidas, de permitirem formulações e propostas alternativas.
SÓCRATES E OS SOFISTAS
Séc. V a.C., consolidação da democracia grega, principalmente em Atenas.
Importância da arte do discurso e da argumentação para o processo decisório político na democracia.
Os sofistas surgem como mestres de retórica e de oratória.
Os sofistas mais influentes foram Protágoras e Górgias.
Sócrates opõe-se aos sofistas ao defender a necessidade do conhecimento de uma verdade única sobre a natureza das coisas, afastando-se das opiniões e buscando a definição das coisas.
PERÍODO CLÁSSICO – PLATÃO
A filosofia de Platão desenvolve-se a partir dos ensinamentos de seu mestre: Sócrates, o que se reflete, sobretudo nos assim chamados “diálogos socráticos”.
Platão sofre também a influência dos pitagóricos e eleatas, sobretudo após sua primeira viagem à Sicília.
Desenvolve sua concepção filosófica que tem como núcleo à teoria das idéias ou formas.
Para Platão a filosofia é uma forma de saber que possui um caráter essencialmente ético-político.
Nos mitos da Linha dividida e da Caverna, na República, Platão caracteriza esse saber, sua relação com a realidade, o processo pelo qual pode ser obtido e sua dimensão ético-política.
ARISTÓTELES E O SISTEMA ARISTOTÉLICO
Rejeita a teoria das idéias e o dualismo platônico, desenvolvida por Platão.
Como alternativa propõe, em sua Metafísica, uma concepção de real que parte da substância individual, composta de matéria e forma.
Aristóteles valoriza o saber empírico e a ciência natural, e desenvolve uma concepção fortemente sistemática de saber, de grande influência na Antigüidade.
Valoriza igualmente as questões metodológicas, e desenvolve uma lógica que marca profundamente toda a tradição até o período moderno.
O HELENISMO E SUAS PRINCIPAIS CORRENTES: ESTOICISMO, EPICURISMO E CETICISMO
O estoicismo: concebe a filosofia de forma sistemática, composta de três partes fundamentais: a física, a lógica e a ética, cuja relação é explicada através da metáfora da árvore. (inteligência, coragem e justiça).
O epicurismo: valorização da experiência imediata. (felicidade, inteligência prática).
FILOSOFIA MEDIEVAL
Transição do helenismo para o cristianismo: o pensamento filosófico cristão surge no contexto do helenismo.
O pensamento de S. Agostinho (354-430) representa, no contexto do cristianismo, a primeira grande obra filosófica desde a Antigüidade Clássica, abrindo o caminho para o desenvolvimento da filosofia medieval e aproximando o cristianismo do platonismo.
Santo Anselmo de Canterbury (1033-1109) é um dos iniciadores da escolástica e formulador do célebre argumento ontológico, que ilustra o estilo medieval de filosofar e o tratamento de questões aproximando a teologia da filosofia ao investigar racionalmente os fundamentos da fé cristã.
A presença dos árabes na Península Ibérica traz um novo conhecimento da filosofia e da ciência grega, sobretudo de tradição aristotélica, para a Europa ocidental.
A filosofia de S. Tomás de Aquino (1224-74) representa uma aproximação entre o cristianismo e o aristotelismo, trazendo com isso um novo caminho para a abertura da escolástica.
Guilherme de Ockham (1285-1349) é o pensador mais representativo do final da escolástica, autor de uma obra original e controvertida pelas posições que assume na filosofia, na teologia e na política.
FILOSOFIA MODERNA
Modernidade: ruptura com a tradição, oposição entre o antigo e o novo, valorização do novo, ideal de progresso, ênfase na individualidade, rejeição da autoridade institucional.
Causas: grandes transformações como a descoberta das Américas; surgimento de núcleos urbanos, principalmente na Itália; desenvolvimento de atividade econômica mercantil e industrial.
Humanismo Renascentista: importância das artes plásticas, retomada do ideal clássico greco-romano em oposição à escolástica medieval, valorização do homem enquanto indivíduo, de sua livre iniciativa e de sua criatividade.
Reforma Protestante: crítica à autoridade institucional da igreja, valorização da interpretação da mensagem divina nas Escrituras pelo indivíduo, ênfase na fé como experiência individual.
Revolução Científica: rejeição do modelo geocêntrico de cosmo e sua substituição pelo modelo heliocêntrico, noção de espaço infinito, visão da natureza como possuindo uma “linguagem matemática”, ciência ativa X ciência contemplativa antiga.
Redescoberta do Ceticismo: a oposição entre o antigo e moderno suscita a problemática cética do conflito das teorias e da ausência de critério conclusivo para a decisão sobre a validade destas teorias.
DESCARTES E A FILOSOFIA DO COGITO
O pensamento de Descartes tem como pano de fundo as grandes transformações no mundo europeu do séc. XVI-XVII.
Descartes pretende fundamentar a possibilidade do conhecimento científico (da Nova Ciência) encontrando uma verdade inquestionável e refutando o ceticismo.
Adota uma posição racionalista: toma a razão natural como ponto de partida do processo de conhecimento, enfatizando a necessidade do método para “bem conduzir esta razão” em sua aplicação ao real.
Encontra no próprio pensamento a certeza que não pode ser posta em questão pelo cético, já que duvidar é pensar e a dúvida pressupõe o pensamento (argumento do cogito).
O argumento do cogito o coloca diante do solipsismo, um idealismo radical que significa o isolamento da consciência (interioidade) em relação ao mundo exterior.
Descartes recorre à existência de Deus para garantir a correspondência entre o pensamento e o real no processo de conhecimento, retomando alguns pressupostos do realismo escolástico.
A TRADIÇÃO EMPIRISTA: A EXPERIÊNCIA COMO GUIA
O empirismo é, juntamente com o racionalismo, um dos paradigmas fundamentais da filosofia moderna em sua primeira fase (séc. XVI-XVIII).
O empirismo caracteriza-se pela experiência sensível como fonte de conhecimento.
A FILOSOFIA POLÍTICA DO LIBERALISMO E A TRADIÇÃO ILUMINISTA
O liberalismo pode ser visto como o correlato político e do subjetivismo epistemológico característico do séc. XVII-XVIII.
Sua problemática central consiste na necessidade de conciliar os direitos individuais, considerados como naturais, com a necessidade da vida social.
Hobbes, Locke e Rousseau são os pensadores mais importantes que discutiram essa problemática, concordando quanto à concepção de um contrato social como fundamento da sociedade organizada racionalmente, embora divergindo sobre a natureza humana e as características do Estado.
O Iluminismo valoriza o conhecimento como instrumento de liberação e progresso da humanidade, levando o homem à sua autonomia e a sociedade à democracia, ou seja, ao fim da opressão.
A Enciclopédia representa os ideais de conhecimento da época e do papel pedagógico e emancipador do saber.
KANT E A FILOSOFIA CRÍTICA
Kant formula um projeto de filosofia crítica que visa dar conta da possibilidade do homem conhecer o real e de agir livremente.
A Crítica da razão pura contém os princípios básicos da teoria do conhecimento kantiana.
O conhecimento resulta da contribuição das faculdades sensibilidades e do entendimento que constituem o sujeito do conhecimento.
A sensibilidade possibilita que o objeto pensado por conceitos (entendimento) seja determinado espaço-temporalmente como objeto de uma experiência possível.
Kant estabelece uma moral do dever que se fundamenta na racionalidade humana e tem como princípio básico o imperativo categórico.
HEGEL E A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA
O sistema filosófico de Hegel é o último grande sistema da tradição moderna.
Hegel coloca a história no centro de seu sistema, mostrando que o modo de compreensão filosófico é necessariamente histórico.
Critica a filosofia de Kant por não se perguntar nem pela origem nem pelo processo de formação da consciência subjetiva, considerada de um ponto de vista formal e abstrato.
Questiona a dicotomia kantiana entre razão teórica e razão prática, defendendo a unidade da razão.
Em sua interpretação do processo de formação da consciência e da marcha do Espírito até o saber absoluto adota um método dialético.
MARX E A CRÍTICA DA IDEOLOGIA
Marx desenvolve sua filosofia a partir de uma crítica ao idealismo desses pensadores através de seu materialismo histórico.
A filosofia como interpretação do mundo deve dar lugar a um pensamento revolucionário que leve à sua transformação.
A tarefa crítica da filosofia só pode ser exercida através de um pensamento que inclua uma análise sociológica, política, histórica e econômica da realidade.
Essa tarefa crítica consiste, principalmente, no desmascaramento da ideologia, ou “falsa consciência”.
A filosofia de Marx teve grande influência na formação do pensamento contemporâneo, dando origem a várias correntes de pensamento marxista.
FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
O pensamento contemporâneo resulta de uma tentativa de encontrar respostas à crise do projeto filosófico da modernidade.
Sua principais correntes visam seja atualizar o racionalismo e o fundacionalismo característicos da filosofia moderna, seja romper com esta tradição em direção a novas alternativas a partir da influência de filósofos como Heidegger e Wittgenstein.
Um dos aspectos centrais dessa crise é o questionamento da subjetividade como ponto de partida da tentativa de fundamentação do conhecimento e da ética.
A linguagem passa a ser vista, em diferentes perspectivas, como uma alternativa para a reflexão filosófica.
Fonte: Iniciação a história da filosofia dos pré-socráticos a Wittgenstein. Jorge Zahar Editor.
sexta-feira, 25 de março de 2011
Filosofia hoje
Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, agora é transformá-lo. (Karl Marx)
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